Pensamento de um português suave:Penso logo desisto...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

VENHA O ANO, VENHA NOVO!




Quem diria que há mais de 30 anos


Regozijava com a Liberdade!


Hoje,


É matéria só de enganos


Pó, detritos de falsidade!




Escassos clarões de esperança


Esfumaram-se


Na palidez da mudança!


Escombros, fardos inúteis


Tomam conta da liderança


Com gestos lassos e fúteis!




Novo-Ano vai rodar


Nos braços de Portugal


E de novo irá brindar


O seu povo já cansado


Sentado no mesmo "areal"


Bebendo "champanhe" estragado...




Verga-se a vontade de dizer:


Venha o Ano, venha Novo


Sem abutres, sem maldade


Venha o Ano, venha Novo


Mas...


Com "champanhe de verdade!






Apesar de não acreditar na mudança, a não ser para pior, deixo-vos o meu desejo de um Feliz 2010


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

SEM-ABRIGO, SEM NATAL!


Os seus dedos brincavam distraídos

Com uma gota de chuva que corria no chão!

Escreviam e desenhavam formas

Que só entendia o seu coração!...


A roupa já gasta, cansada

Escondia o corpo enfranquecido!

Já pouco restava ou nada

Apenas seu olhar, entristecido...


Em passo acelarado

Ignorando a pobreza

Todos o olhavam de lado!

Desdenhando sua fraqueza

Chutavam-lhe, um olhar enojado!


Falei-lhe:

Comia a sopa dos pobres

Cobria-se com as estrelas

A noite mágica do Natal

Para ele não existia!

Recebia a chegada do Menino

Da mesma forma pobre e igual

Há do mundo que ele vivia!..


O Mundo de um sem-abrigo...


Sem Natal e sem abrigo

Tem o frio por companhia

Como família o castigo

Da música do esquecimento!

A ceia servida fria

São lascas de sofrimento!...


No regaço da calçada

Esquecido da Sociedade

Apenas roga uma Mão

Que lhe ofereça dignidade

E uma nova morada

Distante da solidão...