A preto e branco
Relembro o tempo do silêncio
Dos meninos que foram à guerra
Do medo,do sofrimento,da censura
Enfim,o tempo da ditadura...
De repente a multi-cores
A Revolução, os cravos
O cheiro, o sabor da liberdade
O fogo de toda a mudança
A luta pela igualdade
Um país cheio de esperança...
Um momento na nossa História
Que encheu o país de glória
Trinta e três anos passados
E os nossos (des)governantes
Fazem-nos dormir acordados
Com os nossos sonhos distantes...
Já despida de ilusões
Perdida entre milhões
Vejo a cor que debotou
E que a esperança se esfumou...
Depois de contabilizado
É negativo o balanço!
Não quero voltar a ver
O meu país a preto e branco...
domingo, 11 de novembro de 2007
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1 comentário:
Lindo este poema Soledade,
cheio de verdades e que nos leva à reflexão...
Se o nosso Portugal à 34 anos era a preto e branco, infelizmente a preto e branco continua.
Com uma agravante está a afundar-se a olhos vistos.
Um beijinho, Ana Martins
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